terça-feira, 11 de maio de 2010

Homenagem ao aniversário de Mato Grosso


Mato Grosso, 262 anos

Em 9 de maio de 1748, Dom João V, Rei de Portugal, através de Carta Régia determina a criação de duas Capitanias, "uma nas Minas de Goiás e outra nas de Cuiabá". A Capitania que seria nas Minas de Cuiabá virou a Capitania de Mato Grosso e para governá-la foi designado Dom Antonio Rolim de Moura, que tomou posse e ficou em Cuiabá cerca de um ano, até que Vila Bela fosse construída. Morou em Cuiabá na praça que tem o seu nome, mas que popularmente é conhecida como Largo da Mandioca, primeiro centro político-administrativo do estado. Mais tarde foi Vice-Rei do Brasil. Desde então Mato Grosso faz história. Indo de Mato Grosso do Sul até ao Acre, Mato Grosso foi a vanguarda na superação dos limites de Tordesilhas. Expandiu e depois conseguiu a proeza de defender e consolidar todo este imenso território como terras brasileiras, a peso de muita bravura e sacrifícios de seus filhos. A partir do ouro que lhe dá origem, Mato Grosso produziu diamantes, borracha, ipecacuanha, carne. Hoje é o maior produtor agropecuário do Brasil, líder em soja, álcool, algodão, biodiesel e gado, um dos maiores exportadores do país ao menos desde 1998 e responsável nos últimos anos pela maior parte dos superávits comerciais brasileiros. O valor de sua exportação é superior aos dos outros estados centro-oestinos somados! Nos últimos anos é o estado de maior sucesso no Brasil e uma das regiões mais dinâmicas do planeta – produzindo alimentos e uma gente muito boa, como sempre produziu, não armas, para o país e o mundo. No ano passado tive a paciência de aplicar os dados de 2005 de Mato Grosso numa importante fórmula criada pelo IPEA para calcular o custo mínimo de uma unidade federativa. Mato Grosso superava em mais do dobro o seu custo mínimo (2,2 vezes), colocando-se entre os 6 primeiros estados mais viáveis do país. A maioria malemá cobre seus custos. Já os números de 2009 deveriam ser massificados para que os mato-grossenses tenham a exata noção da grandeza de seu trabalho para o Brasil e possam exigir dos governos o tratamento que têm direito. Com US$ 7,7 bilhões de saldo, Mato Grosso produziu 30% do superávit do saldo comercial brasileiro em 2009. Isto é, Mato Grosso trouxe 1 de cada 3 dólares que o Brasil ganhou no ano passado em suas relações comerciais. Um número imenso, equivalente, por exemplo, ao custo de quase quatro ferrovias ligando Alto Araguaia à Sinop, passando por Rondonópolis, Cuiabá e Lucas, ou duplicar 13 vezes a rodovia no mesmo trajeto, sem excluir ninguém. Por ano! E em 2010 segue na mesma toada, com seu saldo comercial em dobro ao do país no primeiro trimestre. Isso é Mato Grosso aos 262 anos, a sétima renda per capita do Brasil mesmo sem ter uma ferrovia e com suas rodovias federais abandonadas. Mesmo com o gás de seu gasoduto cortado e paralisada sua termelétrica que lhe dava confiabilidade energética; mesmo paralisadas as obras de seu principal aeroporto e esquecido o aproveitamento múltiplo de Manso. O maior produtor agropecuário do país só agora terá uma unidade de pesquisa da Embrapa. E sem uma Base Aérea, apesar de ter 1.100 Km de fronteira. Em 2010 há que se festejar com orgulho os 262 anos de Mato Grosso, fazendo das próximas eleições uma grande festa de cobrança cívica. E, especialmente, em homenagem ao cidadão mato-grossense de todos os tempos e recantos do estado – autônomo, patrão ou empregado – aquele que de fato faz o sucesso de Mato Grosso apesar das dificuldades, do desamparo dos governos e do descaso dos políticos, mostrando a força de um estado unido e trabalhador.
* JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário joseantoniols2@gmail.com fonte: www.diariodecuiaba.com.br artigos 11/05/2010
Liu e Léu
Tardes morenas de Mato Grosso
Composição: Goiá



Com a rainha do meu destino fui conhecer o jardim de Alá
Onde nas flores nas madrugadas ainda canta o sabiá
Tardes morenas de Mato Grosso a paz do mundo achei por lá
Árvores lindas e bem cuidadas
Soltando flores amareladas sobre as calçadas de Cuiabá
Domingo triste da despedida chora a viola lá do "Crispim"
Deixei o Mato Grosso querido mas pela Deusa chorando eu vim
Eu fiz pra ela um simples verso, o universo sorriu pra mim
Minha viola brilhou nos campos
Devido aos bandos de pirilampos nos verdes campos de lá Coxim

A novo aurora tão radiosa aconteceu e segui além
Em Campo Grande passei pensando porque será que quero outro alguém
Mais um amor assim repentino as vezes vale por mais de cem
Tratei do modo tão caprichoso
Aquele lindo rosto charmoso, olhar manhoso de quem quer bem
Adeus rainha matogrossense não sei se foi meu bem ou meu ma
lSó sei que nunca em minha vida eu conheci outro amor igual
Adeus gatinha tão carinhosa estatua viva escultural
Adeus menina de fala franca
Que tem a graça pureza e panca da garça branca do pantanal!

domingo, 2 de maio de 2010

Para ouvir e refletir

Composição do grande Geralde Vandré em parceria com Theo de Barros, que ficou famosa na voz de Jair Rodrigues que participou do Festival de Música da TV Record no final da década de 60. Aqui ela é interpretada por Sérgio Reis.




Sérgio Reis
Disparada
(Geraldo Vandré e Theo de Barros)

Prepare o seu coração
Pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
A morte, o destino tudo
A morte, o destino tudo
Estava fora de lugar
Eu vivo pra consertar

Na boiada já fui boi
Mas um dia me montei
Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo
Laço firme, braço forte
Muito gado e muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
E boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando
As visões se clariando
As visões se clariando
Até que um dia acordei

Então não pude seguir
Valente lugar tenente
E dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente

Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto pra enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei
Não por mim, nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quissesse ou que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer mais longe que eu

Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte
Num reino que não tem rei.
Saiba mais sobre o fenômeno do Coronelismo no ínicio do período republicano, em Mato Grosso



Nesta video-aula, o professor de História, Edenilson Morais apresenta algumas características do Coronelismo em Mato Grosso nos primórdios do período republicano brasileiro.
Nas primeiras décadas da República em Mato Grosso, ocorreram intensas disputas políticas, tendo como marca o fenômeno do coronelismo.
Ficou famosa em todo o Brasil republicano, a figura do coronel como aquele que mantinha o poder sobre os trabalhadores de sua propriedade, batizando os filhos destes e armando-os para sua defesa pessoal.
A atuação do coronel na vida das comunidades era muito grande.
Os coronéis conseguiam arregimentar em torno de si um número substancioso de homens dispostos à protegê-los e a lutar, até mesmo com armas, para defender seus ideais.
Quando muitos coronéis se reuniam em torno de um partido, formavam as chamadas oligarquias, cujo poder e influência extrapolavam o âmbito municipal, constituindo um real poder dentro dos estados. Em Mato Grosso, o poder e a influência das oligarquias estavam concentrados em várias famílias. Muitas vezes, esses chefes se reuniam em duplas lutando contra um terceiro; outras vezes, os mesmos se desuniam e buscavam apoio em seu antigo adversário, por isso, se torno um pouco difícil compreender de que lado, exatamente, estavam, pois a cada movimento a composição era diferenciada.
É preciso mencionar o caráter violento que o coronelismo acabou assumindo, pois para manter seus privilégios os coronéis, faziam uso deste expediente, o que contribuiu para um considerável derramamento de sangue em diversas lutas coronelísticas ocorridas em várias localidades brasileiras no início do período republicano braslieiro.
A violência utilizada nas lutas políticas regionais será marca indelével da política das oligarquias e dos coronéis, em quase todos os estados brasileiros.
HUMOR

Banda de lambadão interpretando um de seus grandes sucessos "O Fantasma". Uma miscelânea de vários hits, "Triller", do Michael Jackson com "Mistérios da Meia-Noite", clássico do Zé Ramalho. Virou isso aí, pelo menos é engraçado.