sábado, 4 de abril de 2009

Aventura da Expedição Langsdorff nos sertões brasileiros














"Entre 1822 e 1829, durante oito anos, a lendária e dramática Expedição Científica comandada pelo Barão Langsdorff percorreu 15.000 quilômetros de selvas, torrentes, doenças e delírios, desbravando as terras do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e explorando o Mato Grosso e a Amazônia. Os trabalhos dos artistas da expedição - Rugendas, Florence e Taunay - dariam ao mundo a imagem de um Brasil virgem, paradisíaco e amedrontador."




Um relato científico do Brasil do século XIX foi o legado deixado pelo Barão Langsdorff, um russo que fez uma expedição pelo país em 1822. Essa expedição científica foi financiada pelo Czar da Rússia, Alexandre I.




Foram dois anos de viagem, a maior parte feita em canoas. Trazendo consigo um biólogo, um zoólogo, um astrônomo, um topógrafo e dois naturalistas. Langsdorff fez um estudo sobre a flora, a fauna e a etnografia brasileira do século XIX. Saindo da cidade de Porto Feliz, a expedição percorreu milhares de quilômetros até terminar sua jornada em Belém do Pará.




A equipe passou por maus bocados na selva. O Barão de Langsdorff perdeu a memória e parte dos integrantes da expedição acabou morrendo, foi o caso do artista Adriano Taunay."
Barão de Langsdorff

A 30 de agosto de 1825, o barão Georg Heinrich von Langsdorff e sua equipe, da qual faziam parte o botânico alemão Ludwig Riedel, o astrônomo e cartógrafo russo Nester Rubtsov, os pintores franceses Amadei Taunay e Hercules Florence* e o médico e zoólogo alemão Christian Hasse, deram início à Expedição Langsdorff que, a partir de São Paulo, percorreria regiões hoje compreendidas pelos estados do Mato Grosso do Sul , Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Mantendo como eixos os rios Tietê, Paraná, Pardo, Taquari, Paraguai, São Lourenço e Cuiabá, alcançaram Corumbá e a seguir Cuiabá. A partir deste ponto, subdividindo-se pelos sistemas Guaporé-Mamoré-Madeira e Arinos-Juruena-Tapajós, alcançaram o rio Amazonas e mais tarde o porto de Belém, ali chegando em setembro de 1828.O planejamento original previa o retorno por terra à capital do Império. No entanto, desde o Mato Grosso a maior parte dos viajantes foi acometida por moléstias muitas vezes desconhecidas. O próprio Langsdorff, vítima de febre, fatigado e com fome, já no Tapajós demostrava sinais de amnésia. Quando a expedição alcançou Santarém, no Pará, seu estado de saúde era desesperador. Restava à expedição retornar por via marítima ao Rio de Janeiro. Langsdorff jamais recobrou sua saúde. Impossibilitado de retomar suas atividades, aposentou-se e foi viver em Freiburg, no sul da Alemanha, onde morreu em 1852.* Hercules Florence, artista francês considerado como o integrante possuidor de maior rigor científico na Expedição, realizou 139 imagens, sendo os seus trabalhos botânicos qualificados como exemplares. francês presente na expedição original.É de Florence aquarela dos índios apiacás, na divisa do Pará com o Mato Grosso, onde nasce o rio Tapajós.

Índios Apiacá, retratados na tela de Hercules Florence

1. Quais eram os principais objetivos dessa expedição científica que desbravou os sertões brasileiros no início do século XIX?




2. Comente a importância histórica dessa expedição.




3. Cite alguns contratempos enfrentados pela Expedição Langsdorff no interior do Brasil.





Nenhum comentário:

Postar um comentário