Os historiadores ainda não se debruçaram pra valer sobre a divisão de Mato Grosso ocorrida em 1979, proposta pela Lei Complementar de 11/10/1977, há 32 anos. Um passado longo que remonta à guerra do Paraguai construiu lentamente uma separação de muitas faces: a história, a geografia, a economia, os fatores políticos e, por fim, a vizinhança histórica do sul de Mato Grosso com o Paraguai, com São Paulo, Minas e Paraná. Enquanto isso, o norte vinha de uma longa história extrativista e deu uma forte vinculação histórica com o Rio de Janeiro.
No entanto, 32 anos depois, passadoas todas as angústias que envolveram fortemente as regiões norte e sul do velho Mato Grosso, a História mostra que Mato Grosso aproveitou melhor a separação. Talvez pela sua "experiência política mais desenvolvida", segundo o historiador e professor aposentado da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Valmir Batista. O sul não conseguiu construir uma personalidade política, talvez pelo fato de não deter o comando do poder, como o norte.
Do ponto de vista econômico e financeiro, a divisão abriu perspectivas muito grandes para Mato Grosso, mais do que para o estado-irmão do sul, hoje vivendo a encruzilhada de encontrar seu destino.
Falar sobre a divisão de Mato Grosso implica uma retrospectiva histórica.
Fonte: RDM nº 198 outubro/novembro 2009 p. 20-1.
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