quinta-feira, 20 de agosto de 2009

COLONIZAÇÃO DO INTERIOR DE MATO GROSSO
A primeira iniciativa de ser povoar a região de Mato Grosso foi uma iniciativa do Presidente Getúlio Vargas denominada “Marcha para o Oeste” que tinha como objetivo ocupar os “espaços vazios”. Foi nesse período que não se arrendou mais as terras para a Companhia Mate Laranjeira, alegando que iria fazer uma colonização na região de Dourados.
Para a realização deste projeto, Getúlio Vargas idealizou um trabalhador civilizado, ordeiro e com mentalidade européia, e que se encaixava no perfil do povo gaúcho. Nesse período a “Marcha para o oeste” não foi bem sucedida, pois era necessário mais do que a simples distribuição de terra. A partir da Ditadura Militar e do Governo de Emílio Garrastazu Médici, o governo federal estimulou novamente a ocupação de territórios ao norte de Mato Grosso. Para isso, os militares criaram órgãos como o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que tinha como finalidade ocupar os “espaços vazios” e colonizar a região de Mato Grosso e ao Amazonas. Alem disso, surgiu o PIN (Plano de Integração Nacional) onde a colonização foi realizada com uma parceria com o Governo Federal e de iniciativas particulares.
Assim, o governo federal desenvolveu projetos e criou órgãos que viabilizasse o processo de colonização. Nesse contexto surgiu a SUDAM (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia), a SUDECO (Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste), Rodovias como a Trans-Amazônica, Campos de Aviação, Linhas de Crédito no BASA e no Banco do Brasil.
A colonização seria empreendida pelas colonizadoras particulares, dentre elas podemos citar a Cooperativa 31 de março, a Coopercol, que deu início ao Projeto Canarana que mais tarde deu origem a cidade de Canarana na região do Araguaia.
Outras cooperativas empreenderam projetos em Mato Grosso, e eram basicamente compostas por gaúchos (sulistas em geral) que se dedicaram ao extrativismo vegetal e posteriormente a agropecuária.
A colonização promoveu o surgimento de novas cidades, como Luciara, Denise, Cláudia e Vera que tinham esses nomes por serem filhas ou esposas dos Presidentes das Cooperativas. Esse processo de ocupação gerou a devastação da natureza e o índio e os pequenos proprietários foram expulsos da terra.
Para Cuiabá os projetos de colonização trouxeram uma explosão demográfica fazendo surgir novos bairros tanto os periféricos, quanto os mais urbanizados como o Jardim das Américas, Boa Esperança e Jardim Itália.

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