quinta-feira, 20 de agosto de 2009

TANQUE NOVO
O fato histórico conhecido como Tanque Novo ocorreu numa localidade com este nove na região de Poconé e como personagens estavam os membros da família Lacerda Cintra, mais precisamente uma mulher com o nome de Laurinda Lacerda Cintra que a partir dos 22 anos de idade (conhecida como Doninha) começou a ter visões de uma santa chamada “Jesus Maria José” e nesse contexto ela acabou por ter muita influência entre os habitantes da região porque aconselhava sobre medicina e também nas previsões sobre futuro e com isso o pequeno povoado transformou-se numa pequena vila.
Com as eleições de 1930. Getúlio Vargas que é candidato da oposição indicado por Antonio Carlos Andrada de Minas Gerais, vem a perder nas urnas para Júlio Prestes que era indicado de Washington Luis, mas com a morte de João pessoa na Paraíba que seria seu vice, surge o pretexto para Vargas dar o golpe e então com o apoio dos militares instala o Governo Provisório que deveria ser de 4 anos sendo que uma das suas primeiras medidas foi fechar o Congresso e as câmaras municipais. Em cada Estado colocou gente de sua confiança denominado interventor e o primeiro aqui em Mato Grosso foi Antonio Mena Gonçalves.
Nessa eleição, na região de Poconé e Tanque Novo Vargas sai derrotado, e quando acaba a Revolução Constitucionalista em 1932, Vargas convocou a Assembléia Constituinte e novamente Tanque Novo é oposição a Vargas. Leônidas Antero de Barros, novo interventor de Mato Grosso, representante de Getúlio Vargas, persegue os moradores de Tanque Novo e prendem Doninha por quase 03 meses. Em 1933, Doninha novamente é detida, sendo julgada e inocentada em 1934, mas isso só aconteceu depois que o partido do governo garantiu sua vitória, principalmente na região de Poconé.

MORBECK E CARVALHINHO
Este episódio se passou no início do século XX durante a gestão política de Pedro Celestino. Ao assumir o governo do Estado, logo o governador pode perceber que não possuía poder de fato na região leste do Estado, pois o poder era exercido de forma paralela por Morbeck.
Para derrubar Morbeck, Pedro Celestino pretendia provocar a rivalidade entre Morbeck e Carvalhinho, que além de ser o homem de confiança, era amigo de Morbeck.
Pedro Celestino nomeia Carvalhinho como delegado da Região Araguaia e Garças. Com a nomeação, Carvalhinho que agora era um representante da lei, deveria combater as ilegalidades de seu amigo Morbeck.
Morbeck ao saber da nomeação do amigo, se revoltou e preparou uma tocaia atacando Carvalhinho durante a madrugada. Porém, Carvalhinho conseguiu fugir se atirando no Rio Araguaia. Este episódio ficou conhecido como “dos morcegos e dos cai n’água”.
Ao fugir de Santa Rita do Araguaia, Carvalhinho foi para a Bahia buscar reforços com o apoio de Pedro Celestino, para acertar as contas com Morbeck. Este por sua vez pediu apoio, dinheiro e armas para o Governo federal alegando que iria combater a Coluna Prestes que passava por Mato Grosso.
Ao regressar da Bahia, as guerras entre o bando de Morbeck e o de Carvalhinho tirou a tranqüilidade da população do leste.
Com a posse de Mário Correa da Costa, a situação mudou, pois o novo governador afastou Carvalhinho e indicou como novo delegado do leste, Valdomiro Correa. Carvalhinho inconformado mudou o rumo dos seus ataques, agora queria acertar as contas com o governador. Assaltou quartéis, gerou pânico em Mato Grosso e ao ver cercado fugiu para Goiás, onde mais tarde foi capturado, preso e conduzido para a cadeia de Cuiabá.
“...Carvalhinho e seu bando permaneceram em Cuiabá até 1930, quando, com a “Revolução” getulista, são postos em liberdade. Este episódio: Morbeck x Carvalhinho representou um, dentre os muitos conflitos ocorridos na região leste mato-grossense. Os grupos se desfizeram, porém os resquícios de vingança e revide persistiram por muitos anos...” (Siqueira, Elizabeth Madureira. O Processo Histórico de Mato Grosso, p.182)

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